Perseguição, tortura, desaparecimento, morte. Estes são alguns dos crimes cometidos pelos agentes da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985). Desde seu fim, quem luta pelos direitos humanos busca pela verdade, pela memória, pela responsabilização das instituições e dos violadores de direitos.
Muitas vítimas da ditadura tiveram suas histórias documentadas e contadas por pesquisas acadêmicas, pela literatura e pelas artes. No entanto, ainda há pouquíssimas referências sobre as histórias de pessoas comuns, cidadãs e cidadãos, que tiveram suas vidas afetadas direta ou indiretamente pelos crimes da repressão.
Para saber como e quando parte da população percebia a presença da ditadura em seu dia a dia, o Instituto Vladimir Herzog (IVH) e o Museu da Pessoa e lançaram o projeto Cotidianos Invisíveis da Ditadura.
Baseados na metodologia da história oral, pesquisamos e entrevistamos 15 homens e mulheres cujos ricos relatos mantém viva a memória de nosso país. Elas e eles compartilharam conosco experiências vividas na São Paulo daquele período ditatorial, falando sobre migração, família, política, educação, arte, cultura, trabalho, economia e suas lutas periféricas. Em breve, todos os relatos serão publicados integralmente em nossos canais digitais.
O Museu da Pessoa e o Instituto Vladimir Herzog acreditam que toda história faz diferença e toda história merece ser ouvida. Queremos lembrar aos mais jovens que, em um regime de exceção, todos são penalizados, de forma direta ou indireta. Registrar e divulgar essa dimensão da ditadura é agir contra o autoritarismo presente e pavimentar caminhos para o futuro.
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