O Instituto Vladimir Herzog celebra e parabeniza a ativista Margarida Genevois pelos seus 99 anos de uma vida dedicada à defesa dos Direitos Humanos!
Margarida plantou suas primeiras sementes de transformação ainda na juventude. Inconformada com a vulnerabilidade em que viviam as famílias de uma vila operária em Campinas, se mobilizou para que a comunidade tivesse acesso à educação, atendimento médico e lazer. Daí em diante não parou mais.
Na década de 1970, uniu-se ao arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns e à Comissão Justiça e Paz para denunciar as violações cometidas pelos agentes da ditadura militar. Auxiliando na proteção de presos políticos e na busca por desaparecidos, chegou a fornecer abrigo para vítimas da perseguição do regime.
A redemocratização não pôs fim à sua luta. Fazendo da educação um de seus principais instrumentos, fundou em 1994 a Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos, um projeto que se baseia nos ensinamentos de Paulo Freire. Também continuou a promover mobilizações pelo enfrentamento das desigualdades que assolam o país.
“Aos 99 anos, Margarida não para. Ela faz questão de ir nas manifestações na Avenida Paulista, acompanha todo o noticiário, assina manifestos e abaixo-assinados. Dia desses me ligou pedindo sugestões de livros para acompanhar a guerra Rússia x Ucrânia. Ela é um farol para as novas gerações. Poderia ter encerrado a luta, mas não encerrou porque sabe que ainda há muito o que fazer”, diz Camilo Vannuchi, autor da biografia Margarida, coragem e esperança.
Hoje presidente honorária da Comissão Arns, a Dama dos Direitos Humanos é e sempre será exemplo de coragem e compromisso com o direito à vida e à dignidade. Que sua jornada continue a nos inspirar!