Versão impressa será distribuída às bibliotecas e escolas da rede municipal de São Paulo e formato e-book ficará disponível para download gratuito
Na quinta-feira, 25 de março, às 15h, nas redes sociais da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) da Prefeitura de São Paulo e do Instituto Vladimir Herzog (IVH), será lançado o livro paradidático “Vala de Perus: um crime não encerrado da ditadura militar”. Resultado da parceria entre a SMDHC e o IVH, o evento contará com a participação de Claudia Carletto, secretária da pasta; de Rogério Sottili, diretor executivo do IVH; da vereadora Juliana Cardoso, responsável pela emenda parlamentar que viabilizou o projeto; e de Camilo Vannuchi e Lucas Paolo Vilalta, organizadores da publicação, que apresentarão a história da Vala de Perus e uma breve aula sobre Educação em Direitos Humanos, sob a perspectiva da promoção da Memória, Verdade e Justiça.
A live poderá ser acompanhada neste link.
O livro paradidático “Vala de Perus: um crime não encerrado da ditadura militar” resgata, registra e difunde os bastidores de um episódio emblemático das violações de direitos humanos praticadas durante a ditadura civil-militar no Brasil: a criação, entre 1975 e 1976, e a deflagração, em 1990, de uma vala comum, construída ilegalmente pela Prefeitura de São Paulo no Cemitério Municipal Dom Bosco, no distrito de Perus, na qual foram encontradas ossadas sem identificação de mais de mil pessoas, em parte constituídas por vítimas dos esquadrões da morte e por ativistas políticos executados pelo sistema de repressão da ditadura militar (1964-1985).
Trata-se da edição paradidática do projeto “Vala de Perus: uma biografia”, lançado em setembro de 2020 para marcar a efeméride de 30 anos da abertura da vala clandestina. A obra inclui, além da íntegra dos capítulos já publicados no portal Memórias da Ditadura e no livro “Vala de Perus: uma biografia” (Alameda, 2020), oito capítulos adicionais que aprofundam o conhecimento sobre a vala de Perus, sua descoberta, sua construção, e também sobre o impacto dessa revelação no território, a retomada dos trabalhos de identificação de ossadas nos anos 2010, a urgência de políticas de memória, verdade e justiça nos âmbitos federal, estadual e municipal, e um panorama de como se dá o desaparecimento na atualidade.
Os textos são de autoria de Camilo Vannuchi, Carla Borges, Clara Castellano, Fábio Franco, Jéssica Moreira, Lucas Paolo Vilalta e Rogério Sottili. Esta edição traz, além de uma entrevista inédita com Caco Barcellos e um perfil de Toninho Eustáquio, também a íntegra do relatório final da CPI Perus, de 1991, e parte do relatório final da Comissão da Memória e Verdade da Prefeitura de São Paulo, de 2016.
A partir da divulgação do livro, da distribuição de exemplares às bibliotecas e escolas da rede municipal de São Paulo e de sua disponibilização em formato e-book gratuito nas redes sociais, o projeto tem como objetivo mobilizar a sociedade para que essa grave violação de Direitos Humanos não seja esquecida e comunicar para público amplo e variado os fatos autoritários que marcaram a história da cidade de São Paulo durante a ditadura militar – e seus impactos até o presente. A obra poderá ser utilizada como material didático para aulas, rodas de conversa, círculos de leituras e outras atividades de formação.
Para o download gratuito do e-book, acesse o link.
“Vala de Perus: um crime não encerrado da ditadura militar” é uma realização do Instituto Vladimir Herzog com co-realização da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo. Foi viabilizado por meio de uma emenda parlamentar do mandato da vereadora Juliana Cardoso.