Entre 7 e 14 de março, ao lado da Pardieiro Cultural e do Sesc São Paulo, o IVH promove a 1ª edição do festival com programação de música, cinema e debates sobre direitos humanos
Diversas temáticas ligadas aos Direitos Humanos entram em cartaz em um novo festival que reúne filmes, performances musicais e debates. Entre 7 e 14 de março, ocorre a primeira edição do dh fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos, de forma totalmente online e gratuita. Toda a programação estará disponível em www.dhfest.com.br.
No cardápio, estão apresentações musicais exclusivas de nomes como Chico César, Tássia Reis, coletivo Baile em Chernobyl e Kunumi MC. Um ciclo de debates reúne personalidades como o fotógrafo Sebastião Salgado, a romancista Conceição Evaristo, o escritor Ailton Krenak, a cineasta Tata Amaral e o documentarista chileno Patricio Guzmán.
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Estão programados 11 longas-metragens recentes, com destaque para “Kunhangue Arandu – A Sabedoria das Mulheres”, de Alberto Alvares e Cristina Flória, realização do SescTV. Em estreia no evento, o filme foi realizado na Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo, e focaliza o universo das mulheres Guarani.
Também fazem parte da grade títulos inéditos comercialmente no Brasil, como “A Cordilheira dos Sonhos”, de Patricio Guzmán, vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival de Cannes; “Meu Nome é Bagdá”, de Caru Alves de Souza, melhor filme na mostra Generation 14Plus do Festival de Berlim; “Para Onde Voam as Feiticeiras“, de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral, melhor filme no festival Queer Porto 6, em Portugal; e “Selvagem” de Diego da Costa, vencedor do Festival de Cinema Latino-Americano de SP.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DE MÚSICA
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DE CINEMA
A curadoria do 1º dh fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos é assinada por Leandro Pardí (música), Francisco Cesar Filho (cinema) e pelo Instituto Vladimir Herzog em parceria com o Sesc São Paulo (debates).
A atriz, pesquisadora, produtora cultural e poeta Roberta Estrela D’Alva é a mestre de cerimônias. Nas apresentações musicais, ela contextualiza as carreiras dos artistas com suas lutas sociais, evidenciando os discursos que inspiram transformações sociais e simbólicas na sociedade.
Sobre o festival
O 1º dh fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos é uma realização do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Pardieiro Cultural, Instituto Vladimir Herzog e do Sesc São Paulo. Correalizado pela Criatura Audiovisual, conta com parcerias com o Instituto Ethos, Jornalistas Livres, Mundo Pensante, Projetemos e com a Ação na Rua – SP.
O diretor regional do Sesc São Paulo, professor Danilo Santos de Miranda, comenta: “Ao propiciar e difundir ações, sejam artísticas ou socioeducativas, que contribuam para a efetivação dos Direitos Humanos em diferentes âmbitos a instituição reafirma seu compromisso na construção de uma sociedade cujos valores da solidariedade e da igualdade estejam presentes nas variadas formas de convivência.”
Rogério Sottili, diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog, afirma que o festival pretende contribuir para a construção de um país mais justo e democrático:
“O Instituto Vladimir Herzog, desde sua fundação, aposta na cultura e acredita que a arte pode sensibilizar para o exercício da cidadania. Esta iniciativa reafirma a importância dos Direitos Humanos e responde ao contexto desolador de desmonte das políticas públicas de cultura no Brasil. Vamos seguir na luta por direitos valorizando por meio do diálogo o que temos de melhor: nossa diversidade e nossa cultura“.
Para Leandro Pardí, o evento pretende “desde sua primeira edição valorizar a música enquanto elemento engajador e representante de discursos plurais que inspiram transformações a favor da diversidade”. Ele ressalta que o objetivo do festival é “criar um hub para a cultura cidadã, abordar as temáticas de Direitos Humanos pertinentes ao desenvolvimento cultural e social.”
Segundo Francisco Cesar Filho, o festival pretende “estimular a reflexão sobre as diversas temáticas ligadas aos Direitos Humanos, reunindo obras cinematográficas, apresentações musicais e mesas de discussão que dialoguem com esses temas. Assim, se enriquece um debate que se mostra extremamente necessário na atualidade em nosso país“.
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Destacando o Dia Internacional da Mulher, o festival agrupou uma série de atrações em 8 de março. A programação especial tem início às 15h00, quando são disponibilizados 15 filmes, entre eles “Kunhangue Arandu – A Sabedoria das Mulheres“, “Meu Nome é Bagdá” e “Torre das Donzelas”.
Às 17h, acontece o encontro “Mulheres e resistência: narrativas para romper silêncios”, com participação da escritora Conceição Evaristo, da pedagoga Maria Clara Araújo e da jornalista Semayat Oliveira (mediação). A cantora Tássia Reis apresenta sua performance musical às 19h.
A partir das 20h, o coletivo Projetemos realiza projeções em empena de prédio na rua da Consolação (São Paulo), a partir das fotografias do livro “Heroínas desta História – Mulheres em busca de justiça por familiares mortos pela ditadura”, que apresenta histórias de vida e de luta de 15 mulheres impactadas pela violência de Estado durante a ditadura militar no Brasil. Trata-se de publicação do Instituto Vladimir Herzog e da Autêntica Editora, na qual são retratadas camponesas, operárias, indígenas, mulheres de classe média e da periferia, do Sudeste ao Nordeste brasileiro.
SERVIÇO
1º dh fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos
de 7 a 14 de março de 2021 // online e gratuito // www.dhfest.com.br
realização: Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Pardieiro Cultural, Instituto Vladimir Herzog e Sesc São Paulo
correalização: Criatura Audiovisual
parcerias: Instituto Ethos, Jornalistas Livres, Mundo Pensante, Projetemos e Ação na Rua – SP
curadoria: Leandro Pardí, Francisco Cesar Filho, Instituto Vladimir Herzog e Sesc São Paulo
Evento viabilizado através do Edital ProAC Expresso / Lei Aldir Blanc nº 40/2020.