Reportagem:
Portal Imprensa / Lucas Carvalho* | 30/06/2014 15:30
Na última sexta-feira (27/6), o Instituto Vladimir Herzog completou cinco anos de existência. Se estivesse vivo, o jornalista que dá nome à organização completaria 77 anos. Fundada em 2009, a instituição organiza projetos voltados para a preservação da memória da imprensa, pelos direitos humanos, educação e segurança de jornalistas.
“Essa data significa que a gente conseguiu transformar uma história de caráter negativo, que foi a morte do meu pai, em uma coisa de caráter positivo e construtivo. A gente vê isso em tudo o que o instituto fez nesses cinco anos, em números, trabalhos, reconhecimento, prêmios e tudo o mais”, diz Ivo Herzog, filho de Vlado e um dos fundadores do instituto.
O IVH é responsável pelo Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão e também pelo Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, desde a 31ª edição. Em 2011, o instituto recebeu o Prêmio Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, categoria Memória e Verdade.
Ivo, que também é diretor executivo do instituto, destaca algumas das principais conquistas da organização nesses cinco anos. “Além do prêmio para estudantes, destaco o projeto ‘Resistir é Preciso’ de recuperação da história recente do Brasil mostrando o trabalho de jornalistas no combate à ditadura; e também o ‘Vlado Educação’, nosso trabalho na área de educação e direitos humanos para crianças e jovens.”
Por conta da Copa do Mundo, as comemorações pelo aniversário de Vlado e do IVH tiveram de ser adiadas para o mês de outubro. “Teremos um concerto no Auditório Ibirapuera, em homenagem às mulheres e também marcando os cinco anos do instituto e o aniversário do meu pai”, conta Ivo.
“Nossa maior expectativa para o futuro é o crescimento do projeto ‘Vlado Educação’, pois nós acreditamos que a educação sobre direitos humanos é a ferramenta mais eficaz para a redução da violência urbana. Essa é a nossa grande visão, é assim que a gente quer se ver daqui dez anos: em forte atuação na área de educação e na luta pelos direitos humanos”, finaliza Ivo.
* Com supervisão de Vanessa Gonçalves
