No próximo dia 9 de setembro, o Google Brasil promoverá o lançamento de duas novas coleções em seu Cultural Institute. O Instituto Vladimir Herzog e a ANDHEP – Associação Nacional de Direitos Humanos, Pesquisa e Pós Graduação irão disponibilizar na plataforma os acervos de ‘Resistir é Preciso…’ e ‘Memória Massacre Carandiru’, respectivamente.
A exposição ‘Resistir é Preciso…’, criada pelo Instituto Vladimir Herzog, é um projeto pioneiro, de longo alcance, que apresenta fragmentos da história do Brasil, a partir das publicações e depoimentos de pessoas, entre os quais jornalistas, escritores, estudantes e ativistas políticos, que participaram da resistência à ditadura militar brasileira através da palavra impressa.
O projeto ‘Memória Massacre Carandiru’, realizado por meio de uma parceria do Núcleo de Estudos sobre o Crime e Pena da FGV-SP com a ANDHEP, reúne processos civis e criminais, reportagens de jornais e revistas, fotos e manifestações artísticas sobre o massacre ocorrido no Complexo Penitenciário do Carandiru em 2 de outubro de 1992.
“Os dois acervos abordam tópicos ligados à preservação da memória, à liberdade de expressão e à violação de direitos humanos. A inclusão na plataforma do Cultural Institute aumenta exponencialmente o alcance dessas exibições, que estarão disponíveis a qualquer pessoa com acesso à internet, e reforça a importância de se refletir sobre questões essenciais que não podem nem devem ser esquecidas”, diz Alessandro Germano, diretor de parcerias do Google Brasil.
“A mostra ‘Resistir é Preciso…’ teve mais de 350 mil visitantes, entre 2013 e 2014, quando foi exposta em quatro capitais brasileiras. O conteúdo digital permite que o mundo tenha acesso a um expressivo conjunto de obras de arte e documentos históricos que mostram a voz ativa da classe artística brasileira contra a opressão da ditadura militar. A tecnologia é uma aliada para que todos, sobretudo os jovens, possam conhecer as lutas para reconstrução da democracia, ocorridas entre as décadas de 1960 e 1980. Esta é uma forma de evitar que atrocidades jamais se repitam”, afirma Ivo Herzog, diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog.
O evento
O lançamento será realizado em um evento para convidados, na sede do Google Brasil. Haverá breves apresentações dos dirigentes das instituições parceiras sobre suas coleções, seguidas de um debate sobre o tema ‘Memória, imprensa e sérias violações aos direitos humanos na era digital’. A mesa redonda será composta por Ivo Herzog, diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, Guilherme de Almeida, presidente da ANDHEP, o escritor e jornalista Marcelo Rubens Paiva e Pedro Lagatta, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, com mediação de Patrícia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta, apoiador do evento.
Sobre o Google Cultural Institute
O Google Cultural Institute dedica-se a criação de tecnologia capaz de auxiliar a comunidade cultural a reunir artefatos de várias instituições ao redor do mundo, junto com as histórias que os tornam importantes, em um museu virtual. A idéia é que os tesouros da cultura estejam sempre à mão de milhões de internautas em todo o mundo e que, dessa maneira, o acesso a esse conteúdo seja mais democrático e que seja possível eternizar essas obras para as gerações futuras.
O Instituto já possui mais de 800 parceiros e mais de 170 mil obras de artes em sua plataforma. As duas novas coleções que serão lançadas em setembro trazem a tona temas importantes para a comunidade e que merecem destaque e espaço nessa memória digital.
ação de políticas de ciência e tecnologia, de educação e de pesquisa, que afetem o domínio dos Direitos Humanos e auxiliar a formulação e implementação de políticas de proteção e/ou promoção de Direitos Humanos.