Com informações da Agência Brasil
A audiência para avaliar a “situação de impunidade em que se encontram a detenção arbitrária, tortura e morte” de Herzog está marcada para o dia 24 de maio.
- A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) informou neste sábado (6) que analisará durante seu próximo período de sessões, entre os dias 15 e 26 deste mês maio, o caso sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog pela ditadura brasileira.
A audiência para avaliar a “situação de impunidade em que se encontram a detenção arbitrária, tortura e morte” de Herzog, ocorridas em 25 de outubro de 1975, está marcada para o dia 24 – conforme comunicado da Corte Interamericana.
Diretor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo na época, Herzog compareceu espontaneamente, no dia 24 de outubro de 1975, ao Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) para interrogatório sobre uma suposta ligação com o Partido Comunista Brasileiro. Acabou torturado e assassinado, mas o inquérito militar realizado concluiu que Herzog tinha cometido suicídio dentro de sua cela.
Vlado Herzog nasceu em Osijek na Iugoslávia em 27 de junho de 1937 e se mudou para o Brasil com a família para fugir da perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Naturalizado brasileiro, mudou seu nome para Vladimir.
Herzog se formou em Filosofia pela Universidade de São Paulo em 1959 e, desde então, exerceu a atividade jornalística em diferentes veículos de imprensa e também no cinema. Ele iniciou a carreira jornalística como repórter do jornal O Estado e S. Paulo e participou do grupo responsável pela instalação da sucursal de Brasília do jornal.
Para saber mais sobre Vladimir Herzog, acesse o portal Memórias da Ditadura, uma iniciativa do Instituto Vladimir Herzog eu tem o objetivo de divulgar a História do Brasil no período de 1964 à 1985 junto ao grande público, em especial à população jovem: http://memoriasdaditadura.org.br/