07/09/2014

Centro Cultural Banco do Brasil recebe exposição Resistir é Preciso…, que resgata a resistência à ditadura (2014)

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A mostra chega à capital do Rio de Janeiro no ano em que completa 50 anos do Golpe Militar, que aconteceu em 1º de abril

Vista por mais de 168 mil pessoas durante temporada em São Paulo, a exposição Resistir é preciso… chega ao Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, onde permanece de 12 de fevereiro a 28 de abril. Idealizada pelo Instituto Vladimir Herzog, a mostra mantém viva na memória dos brasileiros a resistência da imprensa contra a ditadura, período em que centenas de profissionais da área foram presos, torturados e assassinados. A exposição que estará no CCBB na data de 50 anos Golpe Militar,é organizada em parceria com o Ministério da Cultura e Banco do Brasil e conta com obras de arte, cartazes, fotografias e depoimentos em vídeo. A entrada é gratuita.

No Centro Cultural Banco do Brasil, uma “linha do tempo” contará a história da resistência à ditadura militar que foi instaurada no Brasil em 1964 e que permaneceu no poder até a eleição indireta de Tancredo Neves, em 1985. Nesse período, muitos intelectuais, artistas, sindicatos, estudantes e diversos setores da sociedade civil lutaram pelo restabelecimento da democracia no Brasil.

A mostra reúne um expressivo conjunto de obras de arte e documentos históricos que apresentam a militância dos artistas denunciando abusos e crimes da ditadura. Entre os painéis da exposição está a coleção de Alípio Freire, jornalista e ex-preso político, que reuniu obras de artistas plásticos como Sérgio Freire, Flávio Império, Sérgio Ferro e Takaoka produzidas no período de cárcere, no presídio Tiradentes, em São Paulo. A mostra traz também ilustrações de Rubem Grilo, ilustrador de publicações como Movimento, Opinião e Pasquim da década de 1970.

O acervo da exposição aumentou, e recebe imagens dos fotojornalistas Luis Humberto e Orlando Brito, que têm uma participação importante nos registros da história do País. Ambos registraram fotos na ditadura que expressavam o cotidiano político brasileiro. Muitas dessas imagens foram censuradas e só mais tarde se tornaram conhecidas.

Resistir é preciso… possibilita aos jovens conhecer melhor as lutas pela reconstrução democrática, ocorridas nas décadas de 1960 a 1980, incluindo as diversas correntes de oposição ao regime militar. A atuação da imprensa na clandestinidade, no exílio e nas bancas faz parte de um cenário pouco conhecido pelo público atual, apesar de ter cumprido um papel relevante durante todo o processo de redemocratização do País.

Resistir é preciso… conta também com o apoio dos Correios e do BNDES. Após Rio de Janeiro, a mostra passará pelo CCBB Belo Horizonte, de 21 de maio a 28 de julho. 

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