A Praça Memorial Vladimir Herzog, localizada atrás da Câmara Municipal de São Paulo, foi o local escolhido para relembrar os 40 anos do manifesto “Em nome da verdade”, publicado em 6 de janeiro de 1976, logo após a morte do jornalista Vladimir Herzog, assassinado no dia 25 de outubro de 1975.
O manifesto assinado por 1.004 jornalistas ia contra a justificativa de morte apresentada pelo Exercito, que apontava o suicídio como causa da morte de Vlado.
O ato foi marcado pela presença de jornalistas que assinaram o manifesto, amigos e militantes do período. Sérgio Gomes, diretor da Oboré e conselheiro do Instituto Vladimir Herzog, preparou duas faixas que, com a ajuda dos presentes, foram colocadas nas paredes da Praça, exaltando a data e o nome do local que, em 2013, por iniciativa da Câmara Municipal de São Paulo, passou a homenagear Vladimir Herzog, tornando-se um ponto de referência e de memória na capital paulista.
A praça ainda passa por reformas. Duas estatuetas serão colocadas no local: uma será produzida pelo artista plástico Elifas Andreato, chamada “Vlado Vitorioso”; e a outra será uma réplica, em tamanho maior, da estatueta do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Ao lado esquerdo do mosaico “25 de outubro”, também de autoria de Elifas Andreato, em parceria com o Projeto Ancora, serão gravados os nomes dos 1.004 jornalistas que assinaram o manifesto. Por fim, ao lado direito desse mosaico, será realizada uma obra com ladrilhos que trará os nomes de todos os jornalistas vencedores do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog.