19/02/2020

Ataques a direitos humanos e meio ambiente prejudicam reputação do Brasil no exterior

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Opinião é do jornalista e escritor Jamil Chade, que mora na Europa há mais de vinte anos e esteve no Instituto Vladimir Herzog para compartilhar um pouco da experiência como correspondente internacional.

Rogério Sottili (diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog), Jamil Chade, Denise Dora (diretora executiva da Artigo 19) e Ivo Herzog (presidente do Conselho do Instituto Vladimir Herzog) estiveram no encontro realizado nesta quarta-feira.

O jornalista Jamil Chade visitou o Instituto Vladimir Herzog (IVH) nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, para compartilhar sua experiência como correspondente internacional com a equipe e alguns parceiros do IVH.

Radicado na Europa há duas décadas, Jamil já cobriu eventos em mais de 70 países. Atualmente, vive na Suíça e contribui regularmente com veículos internacionais como BBC, CNN, Al Jazeera, entre outros. É ainda autor de cinco livros, dois dos quais foram finalistas do Prêmio Jabuti.

Ao longo da carreira, Jamil tornou-se um especialista na cobertura de pautas ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU) e a articulações internacionais, que normalmente passam por Genebra. Isso, naturalmente, o coloca em contato direto com representantes de países de todo o mundo.

Para ele, nos últimos vinte anos, a imagem do Brasil nunca esteve tão arranhada quanto agora. Os recorrentes ataques de Jair Bolsonaro a determinadas questões, como a defesa dos direitos humanos e a preservação do meio ambiente, deixaram o país à margem do complexo sistema de relações internacionais diplomáticas e comerciais entre os países.

As questões ambientais, inclusive, têm ganhado bastante relevância em todo o mundo e, consequentemente, tornaram-se assunto constante nos espaços frequentados por Jamil. Para ele, esta é uma pauta que deveria ser defendida, sob suas diferentes perspectivas, por todos os países e cidadãos; e não apenas por alguns privilegiados.

Jamil ainda manifestou bastante preocupação com a tentativa dos Estados Unidos de redefinirem os conceitos de direitos humanos no mundo, conforme ele revelou em reportagem publicada na última terça-feira. Para ele, trata-se de uma iniciativa em estágio bastante avançado e é tarefa de todas as forças progressistas do mundo resistirem a este movimento.

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