18/09/2023

IVH e SME lançam conteúdos sobre saúde emocional na perspectiva da Educação em Direitos Humanos

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Neste mês de setembro, o projeto Respeitar é Preciso!, realizado pela parceria entre Secretaria Municipal de Educação (SME) de São Paulo e Instituto Vladimir Herzog (IVH), lança um conjunto de conteúdos sobre promoção da saúde emocional na perspectiva da Educação em Direitos Humanos (EDH). Trata-se da campanha Acolhimento e saúde emocional na perspectiva da EDH, voltada a educadores/as, gestores/as e toda comunidade escolar.

Com uma revista, vídeos e entrevistas, a campanha pretende subsidiar a compreensão sobre as relações entre saúde emocional e ambiente escolar, do ponto de vista da Educação em Direitos Humanos. Junto a gestores/as e educadores/as, o projeto tem buscado, em suas ações e formações, uma abordagem educativa para lidar com o aumento das manifestações de sofrimento psíquico nas Unidades Educacionais, um fenômeno atual tão urgente quanto delicado. Nesse sentido, a criação de uma cultura de respeito mútuo, escuta, participação e pertencimento tem centralidade na abordagem do projeto sobre o tema.

Respeitar é Preciso! e saúde emocional 

“O sofrimento emocional vem se mostrando algo que merece muito a nossa atenção, enquanto educadores”, afirma Taize Grotto de Oliveira, responsável pelo Eixo de Educação em Direitos Humanos, Convivência e Mediação de Conflitos, da Coordenadoria dos CEUs (COCEU/ SME). Ela enumera situações cada vez mais recorrentes no ambiente escolar, como crises de ansiedade, depressão e automutilação, que impactam no convívio escolar e no processo de ensino e aprendizagem.

Por isso, em 2022, o Respeitar é Preciso! deu início à ação piloto “Acolhimento e Saúde Emocional na Perspectiva da Educação em Direitos Humanos”, com a finalidade de compreender o papel e as possibilidades das Unidades Educacionais no que se refere ao sofrimento psíquico, por meio de uma metodologia desenvolvida a partir de escutas e consultorias junto a gestores/as e educadores/as. O 4º Grande Encontro das Comissões de Mediação de Conflitos da Cidade de São Paulo, evento integrador que envolve todas as DREs, também foi oportunidade para expandir e disseminar as reflexões sobre EDH e promoção da saúde emocional no ambiente escolar, em maio de 2023. A campanha lançada agora dissemina reflexões feitas ao longo destes processos, com participação de especialistas convidadas – as psicanalistas Ilana Katz e Fê Lopes.

Ane Talita Rocha, supervisora de Educação Básica da área de Educação em Direitos Humanos do Instituto Vladimir Herzog, explica que o projeto Respeitar é Preciso! tem se voltado para a compreensão da produção social do sofrimento, relacionada a questões como machismo, racismo, capacitismo e LGBTfobia: “As dimensões sociais do sofrimento se reproduzem na escola e, por isso, é importante um olhar atento de educadores/as para o cotidiano escolar. Afinal, este não é um espaço de tratamentos individuais, mas sim um espaço privilegiado para aprendizados sobre a vida coletiva, o reconhecimento de si e do outro como sujeitos de direito”.

Para Taize Grotto de Oliveira, da SME, um olhar atento às questões sociais que causam sofrimento possibilita ainda que elas sejam abordadas nas Unidades Educacionais, com envolvimento de todos e das instâncias de participação: ”Isso pode favorecer o convívio, as relações, o processo de aprendizagem e o pertencimento ao ambiente escolar”.

Com o lançamento de conteúdos relacionados ao tema, o Respeitar é Preciso! pretende contribuir para um olhar inovador sobre a produção social do sofrimento e suas relações com a escola, de modo a promover uma cultura de acolhimento, pertencimento e promoção da saúde emocional para cada criança, adolescente e adulto que vive o cotidiano escolar.

Confira os conteúdos da campanha

Vídeo: O papel da escola na promoção da saúde emocional

Animação de 1 minuto: relações entre escola e saúde emocional

Revista Respeitar! Psicanalistas abordam promoção da saúde emocional no contexto escolar

Ilana Katz: “A produção de pertencimento é promotora de saúde mental”

Fê Lopes: “Para produzir pertencimento, é preciso olhar onde a escola está inserida”

Entrevista: Relações entre convívio escolar e saúde emocional

Entrevista: A importância de trabalhar nas Unidades questões que causam sofrimento

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