O Instituto Vladimir Herzog, com apoio da família Herzog e do Itaú Cultural, lança nesta quinta, 17 de novembro, a segunda de uma série de exposições em memória a Vladimir Herzog na plataforma Google Arts & Culture: “Viagem a Canudos”.
Visite a exposição “Viagem a Canudos”
A mostra traz um recorte das 206 fotografias tiradas pelo jornalista em pesquisa de campo na cidade de Canudos, Bahia, onde pretendia realizar um documentário no início dos anos 1970, retomando a história de Antônio Conselheiro. O projeto, que reforça o comprometimento de Herzog com questões de cunho social e a cultura brasileira, foi interrompido por seu assassinato por agentes da ditadura militar, em 25 de outubro de 1975.
Gabrielle Abreu, coordenadora da área de Memória, Verdade e Justiça do Instituto Vladimir Herzog, chama atenção para a pertinência do olhar de Vlado para Canudos ainda hoje. “Lançamos esta exposição em um contexto de reconstrução da democracia brasileira e, mais que isso, exatamente na semana do 15 de novembro, data da Proclamação da República”, ela contextualiza. “Ainda é tempo de jogarmos luz aos acontecimentos do município baiano na Primeira República, quando houve um massacre do Estado à população, e valorizarmos as potências das pessoas.”
Carolina Vilaverde e Luis Ludmer assinam curadoria e pesquisa da série de exposições, criadas a partir do Acervo Vladimir Herzog. Além de “Viagem a Canudos”, está disponível para visitação “A Vida de Vladimir Herzog”. Uma terceira mostra sobre o jornalista está prevista para ser lançada na plataforma Google Arts & Culture ainda este mês.
