04/05/2018

Imprensa livre é essencial para paz, justiça e direitos humanos

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No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o secretário-geral da ONU, António Guterres, estimulou que leis que protegem o jornalismo independente, a liberdade de expressão e o direito à informação sejam adotadas, implementadas e aplicadas.

Secretário-geral da ONU, António Guterres estimulou que leis que protegem o jornalismo independente, a liberdade de expressão e o direito à informação sejam adotadas, implementadas e aplicadas.

Uma imprensa livre é essencial para a paz, justiça e direitos humanos para todas e todos.

A afirmação é do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em mensagem para o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, comemorado anualmente no dia 3 de maio.

“É crucial construir sociedades transparentes e democráticas e fazer que os que estão no poder prestem contas. Isso é vital para o desenvolvimento sustentável”, acrescentou Guterres.

Jornalistas e profissionais da mídia põem em evidência os desafios locais e globais e contam as histórias que precisam ser contadas, disse. “Seu serviço ao público é inestimável.”

Guterres estimulou que leis que protegem o jornalismo independente, a liberdade de expressão e o direito à informação sejam adotadas, implementadas e aplicadas. Além disso, os crimes contra jornalistas devem ser julgados.

“No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa de 2018, apelo aos governos para que fortaleçam a liberdade de imprensa e protejam os jornalistas. Promover uma imprensa livre é defender o nosso direito à verdade”, concluiu Guterres.

UNESCO: Estado de Direito depende de imprensa livre
Também por ocasião do dia mundial, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, afirmou que “qualquer Estado que esteja sob o Estado de Direito e respeite as liberdades individuais, em particular as liberdades de opinião, de consciência e de expressão, depende de uma imprensa livre, independente e protegida contra a censura e a coerção”.

Em 2017, 79 jornalistas foram assassinados em todo o mundo durante o exercício de sua profissão.

“O ideal de um Estado que esteja sob o Estado de direito exige cidadãos bem informados, decisões políticas transparentes, debates públicos sobre assuntos de interesse comum e uma pluralidade de pontos de vista que forma as opiniões e enfraquece as verdades oficiais e o dogmatismo”, acrescentou a chefe da agência da ONU.

Segundo a dirigente, “esse poder formativo e informativo é inerente à imprensa e à mídia em geral, em todas as suas formas e por vários meios”.

Em 2018, a UNESCO observa o 3 de maio com o tema “De olho no poder: mídia, justiça e o Estado de Direito”. Para Audrey, a data também é uma ocasião para debater os novos desafios relativos à liberdade da imprensa no mundo online.

“A liberdade de imprensa, como qualquer outra liberdade, nunca está completamente assegurada. O desenvolvimento de uma sociedade com base no conhecimento e na informação, por meio de canais digitais, implica uma intensa vigilância, para assegurar os critérios essenciais de transparência, livre acesso e qualidade”, defendeu a diretora-geral da UNESCO.

Audrey disse ainda que “para se ter informação de qualidade, é necessário realizar o trabalho de verificação das fontes e de seleção dos assuntos pertinentes”.

“Também são necessários ética e um espirito independente. Dessa forma, isso depende totalmente do trabalho dos jornalistas. O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é também uma oportunidade para se destacar o papel essencial desempenhado por essa profissão, na defesa e na preservação do Estado de Direito democrático”, completou a chefe do organismo internacional.

A UNESCO está comprometida em defender a segurança de repórteres e profissionais de mídia, bem como em combater a impunidade dos crimes cometidos contra eles. Além de contribuir para a formação dos jornalistas, a agência das Nações Unidas ajuda as autoridades de diferentes países a adequar suas leis de liberdade de expressão aos padrões internacionais.

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