Na abertura de seminário realizado na Universidade Hebraica de Jerusalém, Vladimir Herzog foi homenageado, no dia 14 de Dezembro, por sua trajetória de vida e seus valores: a democracia, liberdade de expressão e direitos humanos.
Nemércio Nogueira representou o Instituto Vladimir Herzog no seminário, exibindo a reportagem “A Sentença – 35 Anos”, produzida pela Globonews, que conquistou neste ano o Prêmio Vladimir Herzog “hors concours” e causou grande emoção entre os presentes. Em seu pronunciamento, ao qual compareceu também o embaixador do Brasil em Israel, Henrique Sardinha Pinto, Nemércio discorreu sobre as realizações do IVH e sobre seu relacionamento pessoal e profissional com o Vlado, na redação de “O Estado de S. Paulo” e na BBC de Londres.
Entre outros acadêmicos brasileiros, israelenses e norte-americanos, também participaram do seminário, intitulado “O Brasil 50 Anos após o Golpe Militar de 1964: A Busca da Democracia e Justiça Continua”, Paulo Abrão, presidente da Comissão Brasileira de Anistia e secretário nacional de Justiça; Marlon Weichert, promotor da Justiça Federal do Brasil, que trabalha com a defesa dos direitos humanos; e a cineasta FlaviaCastro, que exibiu seu filme “Diário de uma Busca”.
Após o seminário, o professor James Green, um de seus organizadores, enviou a carta abaixo reproduzida:
“Prezado Professor Nemércio Nogueira,
Em nome do Professor Visitante Michel Gherman, Co-Organizador do Terceiro Simpósio Internacional sobre o Brasil, intitulado “O Brasil 50 Anos após o Golpe Militar: A Busca da Democracia e Justiça Continua”, gostaria de lhe agradecer por sua participação no evento, que julgamos ter sido um completo sucesso.
Sentimo-nos particularmente honrados por termos tido a oportunidade de homenagear Vladimir Herzog por seu heroico trabalho pela democracia e justiça no Brasil.
Na cerimônia de encerramento, anunciamos que a Embaixada Brasileira manifestou sua intenção de continuar a apoiar nosso programa, financiando a participação de dois Professores Visitantes do Brasil e uma conferência no ano que vem, provisoriamente intitulada “Diversidade Cultural no Brasil e em Israel: Convergências, Diferenças e Desafios”. Será uma excelente oportunidade para estabelecer um diálogo sobre os dois países, num contexto interdisciplinar significativo.
A Embaixada Brasileira também pretende apoiar um Festival de Cinema Brasileiro, nas Cinematecas de Jerusalém, Tel Aviv e Haifa. Além disso, fomos informados de que a Embaixada está na fase final de um processo de seleção de um professor de Português para o nosso programa.
Estamos agradecidos pelo permanente apoio que recebemos da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) e dos Amigos da Universidade Hebraica no Brasil, bem como pelo importante suporte de diversas entidades da Universidade Hebraica de Jerusalém: o Departamento de Estudos Romances e Latino-Americanos; o Instituto Harry S. Truman pela Promoção da Paz; a Autoridade da Universidade Hebraica para Pesquisa e Desenvolvimento; o Centro Liwerant para Estudo da América Latina, Espanha, Portugal e suas Comunidades Judaicas; o Instituto Leonard Davis de Relações Internacionais; e o Centro Minerva de Direitos Humanos.
Estamos atualmente em entendimentos com Paulo Abrão, Presidente da Comissão Brasileira de Anistia, sobre a possibilidade de publicarmos os pronunciamentos apresentados nesta conferência.
Esperamos poder estabelecer futuras colaborações com você e com o Instituto Vladimir Herzog.
Sinceramente,
James N. Green
Co-Organizador do Terceiro Simpósio Internacional sobre o Brasil
Professor Céspedes de História Latinoamericana, Universidade Brown
Professor Amit, Universidade Hebraica.”