15/09/2014
Foi divulgado no último sábado que a representação do Brasil na ONU deverá apresentar proposta de resolução que visa a combater a impunidade em crimes contra a imprensa. A notícia (http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-propoe-mais-rigor-em-crimes-contra-a-imprensa,1559433) foi publicada com primazia por Jamil Chade, correspondente do Estadão em Genebra, de posse do rascunho da proposta, que tem o apoio de França e Áustria, mas a oposição de Rússia e China.
A se confirmar a informação, só nos cabe aplaudir a iniciativa do governo brasileiro e manifestar os votos de que a ONU – que já criou o Dia Internacional contra a Impunidade de Crimes contra Jornalistas – efetivamente aprove e implante essa proposta, destinada a reforçar nos Estados-membros a decisão de não permitir que tais crimes fiquem impunes.
Seria inclusive um excelente tema para a presidenta Dilma Rousseff abordar em seu discurso de abertura da 69ª Assembléia Geral da ONU, em 24 de Novembro. Ela estaria assim demonstrando que o Brasil não se conforma em continuar ocupando uma das piores posições no ranking mundial de liberdade de imprensa.
E que se repita ainda uma vez: a proteção especial aos jornalistas e o reforço da luta contra a impunidade dos autores de crimes que vitimem esses profissionais não constitui privilégio da categoria, mas fundamentalmente a defesa da liberdade de expressão e do acesso de todos os cidadãos à informação independente, apanágio das verdadeiras democracias.