A Justiça brasileira, soberana, já se pronunciou sobre os exilados e já sentenciou que Vladimir Herzog foi preso, torturado e morto pelo governo militar. Portanto, o general Leônidas Pires Gonçalves deturpa a história ao afirmar em entrevista ao jornalista Geneton Moraes Neto que Vlado se suicidou e que não havia torturas dentro do Doi-Codi contradizendo os depoimentos feitos em livros e reportagens por todos os torturados, alguns deles associados a este Instituto.
O Instituto Vladimir Herzog estará sempre atento contra aqueles que queiram desrespeitar qualquer direito básico do cidadão. Devemos dizer que manifestações como a desse general, que defende o uso criminoso do aparelho do Estado para torturar e matar (não importa quem) é algo que a democracia brasileira conseguiu superar. É preocupante, no entanto, que mentalidades como essa ainda existam e a imprensa faz bem em denunciá-las.
Instituto Vladimir Herzog