O Instituto Vladimir Herzog, com apoio da família Herzog e do Itaú Cultural, lança nesta quinta, 10 de novembro, a primeira de uma série de exposições na plataforma Google Arts & Culture: “A vida de Vladimir Herzog: Um sobrevivente que não se calou diante de injustiças sociais”.
O conjunto de fotografias, documentos e conteúdos multimídia apresenta a trajetória do intelectual brasileiro, jornalista e cineasta, no intuito de preservar seu legado, ante seu brutal assassinato por agentes de Estado durante a Ditadura Militar. Outras duas exposições com recortes de sua vida e obra estão previstas para serem lançadas na mesma plataforma ainda este ano.
“É fundamental poder difundir a vida de Vlado, sua participação no espaço público brasileiro, seus interesses, ideias e projetos”, afirma Gabrielle Abreu, coordenadora da área de Memória, Verdade e Justiça do Instituto Vladimir Herzog. Para a historiadora, essa é uma forma de valorizar o legado que tentaram interromper.
“Sobretudo nesse momento de reconstrução da sociedade brasileira, acreditamos na importância de resgatar esses anseios e trajetórias.”
De família judia, Vladimir Herzog (1937-1975) sobreviveu ao holocausto fugindo da ex-Iuguslávia natal e chegou ao Brasil em 1946. Desenvolveu sólida carreira em importantes veículos de imprensa, como O Estado de São Paulo, BBC, Visão e TV Cultura, além de ter tido projetos como cineasta, sempre inclinado às temáticas culturais e problemas sociais brasileiros prementes.
A exposição virtual sobre sua vida, que pode ser visitada neste endereço, é um recorte do Acervo Vladimir Herzog, com curadoria e pesquisa de Carolina Vilaverde e Luis Ludmer. As obras selecionadas ficam agora disponíveis em buscas no Google e organizadas para navegação multimídia. É possível, por exemplo, ouvir a voz do Vlado em áudio, acessar uma carta enviada por sua mãe, com leitura da atriz Eva Wilma, ou, ainda, conhecer a praça que o homenageia, em São Paulo.
EXPOSIÇÃO “A VIDA DE VLADIMIR HERZOG”
Um sobrevivente que não se calou diante de injustiças sociais: Vladimir Herzog (1937-1975) foi um intelectual brasileiro que atuou como jornalista e cineasta nas décadas de 1960 e 1970. De família judia, sobreviveu ao holocausto fugindo da ex-Iugoslávia natal, refugiando-se na Itália, em 1941, antes de chegar ao Brasil, em 1946. Cursou uma sólida carreira em importantes veículos de imprensa, como O Estado de São Paulo, BBC, Visão e TV Cultura, sempre inclinado às temáticas culturais e problemas sociais brasileiros prementes. No entanto, seu coração pendia para o cinema, fato que veio à tona com a organização e publicação de seu acervo pessoal, em 2020. Esta exposição é um pequeno recorte do Acervo Vladimir Herzog, feita com apoio do Itaú Cultural e da família Herzog, e realizada pelo Instituto Vladimir Herzog, cuja missão é preservar seu legado, os valores por ele apregoados em vida e manter acesa a luta por verdade e justiça ante seu brutal assassinato por agentes de Estado durante a ditadura militar.
Pesquisa e curadoria – Carolina Vilaverde e Luis Ludmer
Montagem – Carolina Vilaverde
Textos – Luis Ludmer
Digitalização das obras – Acervo Vladimir Herzog
Traduções – Nayara Garófalo (PT/EN) e Naiara Farias (PT/ES)
REALIZAÇÃO
Instituto Vladimir Herzog
Presidente – Clarice Herzog
Presidente do Conselho Deliberativo – Ivo Herzog
Diretor Executivo – Rogério Sottili
Memória, Verdade e Justiça – Gabrielle Abreu (coord.), Diego Santos, José Vicente Kaspreski, Mayara De Lara e Rafael Schincariol
Comunicação – Lucas Barbosa (coord), Raquel Melo, Gabriela Teixeira e Natália Pesciotta
APOIO – Itaú Cultural