Na última sexta-feira, o Instituto Vladimir Herzog participou do Google News Summit, que, pela primeira vez, aconteceu na Ilha do Combu, em Belém. O evento discutiu sobre as novas tendências de tecnologia que auxiliam o jornalismo, bem como o futuro do setor de notícias, além de intencionar parcerias com veículos de comunicação locais da região norte do país.
A área de Jornalismo e Liberdade de Expressão do IVH foi convidada para apresentar algumas experiências da Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores, um projeto que visa combater o avanço dos ataques e ameaças à liberdade de expressão, encaminhando denúncias e realizando acompanhamento dos casos recebidos e oferecendo formações e estratégias para garantir a segurança de pessoas comunicadoras e jornalistas. Fizemos parte do painel “Tecendo redes para fortalecer o ecossistema jornalístico”, juntamente com Maia Fortes da Ajor e Jessica Mota da Énois Laboratório de Comunicação.
O evento também contou com o painel “Estratégias de negócio em veículos locais: o que tem dado certo?”, com Daniel Nardin do Amazônia Vox e Adeilson Pinheiro da RBA. E para encerrar, conversamos sobre “Tecnologias a serviço da produção jornalística”, com a instrutora do Instituto Fala, Denise Salomão, que também deu uma breve oficina de Google Trends.
Além de discutir a proteção dos jornalistas e a liberdade de expressão em um contexto tão específico, como o da Amazônia, o evento coloca em evidência a luta por direitos fundamentais em uma área com altos índices de violência contra jornalistas e comunicadores. Essa visibilidade contribui para a construção de uma rede de apoio e solidariedade que fortalece a luta pela democracia e pela liberdade de expressão no país, especialmente em regiões tão estratégicas para a identidade e o desenvolvimento nacional.
A escolha da Ilha do Combu e de Belém como cenário para este encontro reforça a importância de descentralizar debates e de levar a discussão sobre o futuro da mídia e das novas tecnologias a regiões fora do eixo Rio-São Paulo, garantindo que todos os brasileiros, independente da sua localização geográfica, possam participar ativamente da construção de um jornalismo mais plural e inclusivo.