Edição traz como tema “Novas e Velhas Lutas” e propõe reflexão sobre o papel do jornalismo na reconstrução do Brasil após governo Bolsonaro
Com o tema “Novas e velhas lutas: qual o papel do jornalismo na reconstrução do Brasil?”, o Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão convida estudantes de jornalismo de todo o Brasil a elaborarem propostas de pauta que investiguem a destruição de políticas públicas levada a cabo pelo governo de Jair Bolsonaro ao longo dos últimos quatro anos, com destaque a áreas como meio ambiente, saúde, educação e direitos humanos.
As inscrições estarão abertas de 1º a 30 de Junho e podem ser feitas no site do Prêmio. Este ano, o PJJ contemplará as propostas vencedoras com microbolsas de R$ 2.500 para desenvolvimento das pautas. Além disso, as reportagens produzidas serão veiculadas na TV Cultura.
O PJJ chega a sua 15ª edição. Ao longo destes 15 anos, a iniciativa possibilitou que jovens estudantes desenvolvessem importantes trabalhos que abordaram desde a história de um Brasil que viveu avanços em diversas áreas, até os sinais que viriam a consolidar o governo autoritário de Bolsonaro, que deixou como legado a destruição de serviços públicos e sucessivos ataques contra os direitos humanos, a democracia e a liberdade de imprensa.
O objetivo é fazer com que, a partir de uma perspectiva jornalística, seja possível compreendermos como a negligência do antigo governo afetou a população e, mais do que isso, termos a dimensão do que precisará ser feito, daqui para frente, para que o Estado brasileiro volte a agir como garantidor; e não como um violador de direitos.
Promovido pelo Instituto Vladimir Herzog, o PJJ é realizado anualmente desde 2009. A iniciativa busca contribuir com a formação de estudantes de jornalismo de todo o território nacional, com a proposta de executar pautas focadas nos Direitos Humanos, simulando a lógica de uma redação profissional. As melhores propostas de pauta são selecionadas e os grupos recebem uma bolsa de estudos para desenvolverem suas reportagens sob o acompanhamento de um jornalista profissional, especialmente designado pelo Instituto Vladimir Herzog.
Desde sua criação, o prêmio viabilizou cerca de 60 reportagens de importante conteúdo investigativo. Além disso, foram mais de 2.800 estudantes inscritos, 198 universidades e faculdades de Comunicação e mais de 700 professores orientadores.
A iniciativa é uma homenagem ao jornalista Fernando Pacheco Jordão, que sempre se preocupou com o desenvolvimento dos jovens profissionais de imprensa. Falecido em 2017, Pacheco Jordão atuou na redação de importantes meios da imprensa nacional, incluindo emissoras de rádio, de televisão e jornais de circulação nacional.
O Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão é uma realização do Instituto Vladimir Herzog, desenvolvida em parceria com Oboré Projetos Especiais, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), Periferia em Movimento e Associação de Jornalismo Digital (Ajor).
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