12/08/2022

Ato de 11 de agosto une gerações pela defesa da democracia

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Alice Vergueiro
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Alice Vergueiro
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Alice Vergueiro
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Foto: Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena | TUTAMÉIA
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Foto: Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena | TUTAMÉIA
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Foto: Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena | TUTAMÉIA
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Foto: Natália Pesciotta
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Foto: Thayná Andrade
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Foto: Ana Rosa Abreu

Nesta quinta-feira (11), apesar da chuva e das baixas temperaturas, milhares de pessoas ocuparam o Largo de São Francisco, em São Paulo, para o ato em defesa do Estado Democrático de Direito. Entre as bandeiras e faixas de movimentos sociais e sindicais presentes, também se destacavam placas e cartazes pedindo respeito ao voto e a não interferência dos militares no processo eleitoral.

Na fachada da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), uma enorme faixa verde e amarela anunciava: “Estado Democrático sempre”. Já no lotado Pátio das Arcadas, dentro da instituição, as paredes sustentavam mensagens de “Ditadura Nunca Mais” e “Para que não se esqueça”. 

Enquanto a multidão começava a se concentrar no Largo, no salão nobre da Faculdade de Direito, 800 pessoas, entre juristas, empresários, artistas e sindicalistas, se reuniram para acompanhar os discursos de abertura do ato e leitura da Carta Em Defesa da Democracia e da Justiça, organizada por 107 entidades. 

Queremos um país próspero, justo e solidário, guiado pelos princípios republicanos expressos na Constituição, à qual todos nos curvamos, confiantes na vontade superior da democracia. Ela se fortalece com união, reformando o que exige reparos, não destruindo; somando as esperanças por um Brasil altivo e pacífico, não subtraindo-as com slogans e divisionismos que ameaçam a paz e o desenvolvimento almejados”, diz um de seus trechos.

Em seguida, nas arcadas da faculdade, foi lida a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito. Encabeçado pela FDUSP, o manifesto alcançou a marca de 1 milhão de assinaturas na quinta-feira e ecoa ação semelhante feita pela comunidade uspiana contra o regime militar em 8 de agosto de 1977. “No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições”, afirma a nova carta.

Signatário dos dois manifestos, o Instituto Vladimir Herzog (IVH) chegou ao ato na companhia de outras entidades e coletivos que defendem o jornalismo e a liberdade de expressão. A marcha, que foi organizada a partir de uma parceria entre o IVH, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Profissão Jornalista (APJOR), Fotógrafos e Fotógrafas pela Democracia e o Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé, partiu do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e reuniu jornalistas e comunicadores de diversas gerações.

“Este ato ficará para a história”, disse Rogério Sottili, diretor-executivo do Instituto. “Ele significa o mais importante pacto social em defesa da democracia após a Constituinte. Sinaliza que o Brasil não tolerará nenhuma aventura autoritária, de quem quer que seja. Estado de Direito sempre! Democracia sempre!”

A cerimônia na Faculdade foi transmitida para o Largo por meio de um telão e, dado o clima de evento histórico, levou parte do público às lágrimas. “É uma emoção grande ver tanta gente aqui junto pra defender nossa democracia, mas triste também precisarmos estar aqui por isso”, declarou Gabrielle Abreu, coordenadora da área de Memória, Verdade e Justiça do IVH, ao G1.

Grande parte das pessoas presentes acompanhou também o movimento de agosto de 1977 e estavam mais uma vez dedicadas a colocar sua energia à disposição da defesa democrática. Também compareceram muitas pessoas jovens, mas que têm como referência e inspiração as lutas do povo brasileiro pela redemocratização. Durante o ato, era comum ver pessoas mais velhas saudarem estudantes e representantes do movimento estudantil: “Agora é com vocês”.

Um agradecimento especial aos companheiros jornalistas e fotógrafos que marcharam conosco desde o Sindicato dos Jornalistas até o Largo de São Francisco!

Antonio Luiz Cunha Geremias | Associação Brasileira de Imprensa
Caio Mello | Centro Acadêmico Vladimir Herzog
Camilo Mota | Centro Acadêmico Benevides Paixão E Rádio Brasil Atual.
Carlos Carolino
Ediana Balleroni
Giulia vizia
Harumi ishihara | Momento Editorial
Irene Vucovix
Leda Beck | APJor e ABI
Mara Cristina Ribeiro | APJor e Coalização pela Vida
Maria Angela Ziroldo
Mariana Valadares | Associação Brasileira de Imprensa (ABI)
Regina Maria Silveira Santos
Regina Pimenta | Associação Brasileira de Imprensa (ABI)
Rodolfo Lucena | Tutaméia
Sandra Diogo
Sergio Gomes | Oboré/Projeto Repórter do Futuro
Thiago Baba | Centro Acadêmico Vladimir Herzog
Tonico Ferreira | Associação Brasileira de Imprensa
Vicente Alessi Filho | AutoData Editora

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