28/09/2023

CPI do MST marca derrota dos que tentam criminalizar defensores dos Direitos Humanos

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O fim da diligência representa importante vitória aos movimentos sociais

O fim da CPI do MST foi trágico para aqueles que ao longo dos anos tentam, a todo custo, criminalizar os movimentos sociais. O desfecho vexatório das recentes ações autoritárias, que acabou por desmoralizar os verdadeiros criminosos e não os que lutam por justiça, marca a retomada de nossa democracia.

Ao longo desses  4 meses de ataques escancarados contra os movimentos sociais e ativistas, foram inúmeras as oportunidades de exposição das contradições do processo e dos interesses dos setores do agronegócio e de políticos da oposição e da extrema-direita.

O desfecho dessa história representa importante vitória para os que lutam pela Reforma Agrária, agricultura familiar e pelo direito à terra e todos os movimentos sociais que lutam por justiça e direitos no Brasil. O momento marca a reafirmação da integridade de pessoas e movimentos que se dedicam cotidianamente por tais direitos sob a mira de uma criminalização histórica contra organizações populares.

Após esta que já é, desde 2004, a quinta comissão estabelecida para investigar o MST, tanto o Movimento dos Sem Terra quanto o conjunto de todo o setor engajado e organizado no Brasil saem fortalecidos, com lisura blindada diante da sociedade.

Mesmo que o ex-ministro de Bolsonaro e o tenente Zucco tentem prorrogar a comissão para o encaminhamento do “pacotão” de projetos de criminalização dos movimentos sociais, a investida serviu para que ao longo do processo o MST e ativistas convocados a prestar depoimento pudessem contar seus objetivos e suas histórias de luta por terra e soberania alimentar.

No final das contas, a coragem de quem luta ganhou a atenção da sociedade, em um processo atrapalhado e desavergonhadamente orquestrado pelo setor que não quer abrir mão dos privilégios obtidos por meio do agronegócio predatório, e sobretudo por aqueles não aceitam uma sociedade mais justa e igualitária.

Revelando o papel fundamental de todos os que lutam por justiça e reafirmando, assim, a garantia de organização de movimentos sociais e da sociedade civil, o resultado desta CPI atestou a volta do Estado Democrático de Direito neste país.

Viva a história e integridade do MST e de todos os movimentos sociais que reivindicam direitos e justiça para todos. Viva a democracia.

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