18/10/2017

Patricio Guzmán lança livro e participa de debates sobre a sua obra

Compartilhar:

Cineasta chileno participa de diversas atividades durante a mostra Paixão de Memória, produzida pelo Instituto Vladimir Herzog, em São Paulo.

O cineasta chileno Patricio Guzmán lançou seu livro “Filmar o que não se vê”, publicado pela Edições Sesc, em evento produzido pelo Instituto Vladimir Herzog como parte da Mostra de Cinema Paixão de Memória, no Cine Sesc. Durante os últimos dias, Guzmán também participou de dois debates sobre sua obra, no Caixa Belas Artes, e ainda ministra um workshop sobre cinema documentário, até o dia 20 deste mês, para cerca de cem alunos.

Patricio Guzmán é um dos cineastas latino-americanos de maior renome internacional, consagrado com diversos prêmios de crítica e público nos principais festivais de cinema. Viveu em Cuba, Espanha e hoje mora na França. Seis de seus filmes tiveram estreia no Festival de Cannes. As obras de Guzmán são o espelho dos últimos 40 anos de história do Chile e permitem uma análise crítica dos principais recursos narrativos de sua cinematografia autoral, já que revelam seus processos criativos e sua evolução artística. Guzmán é presidente e fundador do Festival de Documentários de Santiago, FIDOCS. Retrospectivas recentes de sua obra aconteceram no British Film Institute e no Film Archive de Harvard.

A mostra Paixão de Memória é a primeira mostra de cinema totalmente dedicada a sua obra. Desde o dia 5 e até o dia 18 de outubro, onze de seus filmes serão exibidos nas telas do Caixa Belas Artes. A programação inclui os badalados e premiados “Nostalgia da Luz”, “O Botão de Pérola” e a trilogia “A Batalha do Chile”.

Guzmán participou ainda de dois debates abertos ao público, que pode se aprofundar nas questões envolvidas na realização de seus filmes. No primeiro, realizado no dia 9 de outubro, participaram da conversa Reinaldo Cardenuto, Carolina Amaral e Ignacio Del Valle. No segundo, dois dias depois, foi a vez de Maria Dora Mourão e Luiz Zanin Oricchio conversarem com Guzmán.

O cineasta também lançou “Filmar o que não se vê”, obra literária em que compartilha suas experiências na produção de documentários, apoiando-se no cinema de autor e discorrendo sobre os parâmetros que orientaram seus trabalhos, como os conceitos de ponto de vista, distanciamento, subjetividade e também técnicas de criação para roteiros. Ainda que parta da experiência documental, o livro de Guzmán trabalha a produção audiovisual de forma ampla e serve de base a qualquer experiência criativa na área de cinema e vídeo.

A programação da mostra Paixão de Memória termina no dia 18 de outubro. Para ver a lista com todos os filmes exibidos, acesse: http://paixaodememoria.org.br

Compartilhar:

Pular para o conteúdo