25/02/2021

Confira a programação dos debates do 1º dh fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos

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Para aprofundar as discussões suscitadas pela programação de música e cinema, o ciclo de debates do 1º dh fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos propôs a seguinte programação (online e gratuita, disponível em www.dhfest.com.br):

8/03, segunda-feira, às 17h
“MULHERES E RESISTÊNCIA: NARRATIVAS PARA ROMPER SILÊNCIOS”
com Conceição Evaristo, Maria Clara Araújo e Semayat Oliveira (mediação)

Narrar e criar trajetórias de resistência, para si e como inspiração, são maneiras potentes para romper os muitos silenciamentos vividos pelas mulheres. Silenciamentos esses que se originam no patriarcado, mas também no colonialismo, no etarismo, na pobreza, entre outros recortes das desigualdades. As muitas identidades, resistências e formas de se sentir mulher, compõem movimentos pela ampliação e ocupação de espaços públicos, culturais, institucionais e políticos. É a partir deste cenário e no contexto do Dia Internacional da Mulher que se dá a conversa entre a romancista, contista e poeta Conceição Evaristo, e Maria Clara Araújo, pedagoga e afrotransfeminista. Com mediação da jornalista e escritora Semayat Oliveira, do coletivo “Nós, Mulheres da Periferia”. 

9/03, terça-feira, às 17h
“ALDEIAS, QUILOMBOS E PERIFERIAS: O PODER DAS PALAVRAS NA LUTA POR DIREITOS” 
com Catarina Guarani, Nêgo Bispo e Bianca Santana (mediação)

Ouvir aqueles que resistem há décadas contra a perseguição de seus territórios, línguas e identidades é imprescindível para ampliar os sentidos das lutas por direitos do tempo presente. A professora indígena Catarina Guarani, do litoral de São Paulo, e o pensador quilombola Nêgo Bispo, do interior do Piauí, se unem em uma conversa sobre o uso das palavras como instrumento de luta para manter viva a cultura de seus ancestrais. A partir de suas diversas cosmologias, como as tradições orais e as linguagens escritas podem atuar em defesa da vida? Com mediação da jornalista e escritora Bianca Santana, autora do livro “Quando me descobri negra”.

10/03, quarta-feira, às 17h
“VLADIMIR HERZOG E O DOCUMENTÁRIO SOCIAL: MEMÓRIA E JUSTIÇA”
com João Batista de Andrade, Tata Amaral e Paula Sacchetta (mediação)

O jornalista Vladimir Herzog tornou-se símbolo dos horrores cometidos pela violência da ditadura militar no Brasil com seu assassinato em outubro de 1975. No entanto, pouco se conhece o papel fundamental que Herzog teve no cenário cinematográfico brasileiro nas décadas de 1960 e 1970. Ele defendia, sobretudo, uma prática audiovisual que tomasse posição diante das desigualdades do país – seja em sua relação com a Cinemateca Brasileira; seja na direção e escrita de seu único filme, o curta-metragem “Marimbás”. João Batista de Andrade, amigo pessoal de Vlado, e Tata Amaral, renomados nomes do cinema nacional e cuja trajetória é pautada pelo respeito aos Direitos Humanos, prestam homenagem à memória do jornalista e ao seu legado para o documentário social. Com mediação da documentarista Paula Sacchetta, especializada em temas ligados aos Direitos Humanos.

11/03, quinta-feira, às 17h
Entrevista “MEU NORTE É O SUL: RETRATOS LATINO-AMERICANOS NO CINEMA”
com Patricio Guzmán e Luiz Carlos Merten (mediador)

A carreira do cineasta chileno Patricio Guzmán se desdobra ao longo das últimas cinco décadas sobre o trauma coletivo produzido pela ditadura militar de Pinochet em seu país, e sobre memórias e vestígios de prisioneiros e desaparecidos políticos. Seu filme mais recente, “A Cordilheira dos Sonhos”, e o empenho em trabalhar o passado do Chile e por consequência da América Latina, são temas da conversa entre Guzmán e o jornalista e crítico de cinema Luiz Carlos Merten. Este encontro se propõe a pensar como o cinema e a cultura podem produzir uma poesia marcada por discussões do Sul global sobre os Direitos Humanos.

13/03, sábado, às 17h
“SOMOS A TERRA: OS DIREITOS DA NATUREZA E O FUTURO DA HUMANIDADE”
com Ailton Krenak, Sebastião Salgado e Ana Toni (mediação)

É preciso pensar o futuro do planeta e da humanidade como questões profundamente conectadas. Garantir a justiça climática é proteger a dignidade humana, especialmente para as populações mais vulnerabilizadas. Em diálogo inédito, o escritor Ailton Krenak e o fotógrafo Sebastião Salgado, os dois nascidos em Minas Gerais e vizinhos no Vale do Rio Doce, região conhecida pela intensa atividade agropecuária e extrativista, refletem os desafios e a urgência de pensarrmos os direitos da natureza como direitos humanos. Com mediação de Ana Toni, diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade. 

SOBRE O FESTIVAL

1º dh fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos 
de 7 a 14 de março de 2021 // online e gratuito // www.dhfest.com.br  

realização: Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Pardieiro Cultural, Instituto Vladimir Herzog e Sesc São Paulo
correalização: Criatura Audiovisual
parcerias: Instituto Ethos, Jornalistas Livres, Mundo Pensante, Projetemos e Ação na Rua – SP
curadoria: Leandro Pardí (música), Francisco Cesar Filho (cinema), Instituto Vladimir Herzog em parceria com Sesc São Paulo (debates).

Evento viabilizado através do Edital ProAC Expresso / Lei Aldir Blanc nº 40/2020. 

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