37ª edição do prêmio teve como destaque matérias de “O Estado de S. Paulo” e “Época Negócios”; Mino Carta, Mauro Santayana, Eduardo Galeano e Daniel Herz foram homenageados
O Tuca, teatro da Pontifícia Universidade Católica, em São Paulo, recebeu, no último dia 20 de outubro, a 37ª edição do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Considerado uma das mais tradicionais e respeitadas láureas de jornalismo do país, o Prêmio Vladimir Herzog é promovido e organizado por onze instituições, entre elas o Instituto Vladimir Herzog. Veja aqui a lista completa com as onze entidades.
Neste ano foram 612 trabalhos inscritos – recorde da década – em oito categorias. Os vencedores já haviam sido anunciados no último dia 30 de setembro e, na noite de 20 de outubro, foram ao Tuca receber o tradicional troféu desenhado pelo artista Elifas Andreato.
Entre os vencedores, destaque para Leonencio Nossa, do jornal “O Estado de S. Paulo”, que venceu o prêmio na categoria “Jornal” pelo segundo ano consecutivo, desta vez com a matéria “Favela Amazônia” – uma abordagem que saiu do foco ambiental para explorar o ângulo social das pessoas que vivem na região amazônica.
Já na categoria “Revista”, o prêmio ficou com Cristina Barbieri, da “Época Negócios”, pela matéria “Os filhos do Bolsa Família”, que mostra como vive a primeira geração de crianças beneficiadas pelo programa do Governo Federal.
Prêmio Especial Vladimir Herzog
Repetindo o que já é feito desde 2009, a Comissão Organizadora do prêmio elege jornalistas para serem homenageados pelos relevantes serviços prestados ao longo da carreira às causas da democracia, paz, justiça e contra a guerra. Neste ano, os homenageados foram: Daniel Herz (in memoriam), Eduardo Galeano (in memoriam), Mauro Santayana e Mino Carta.
As famílias de Daniel Herz e de Eduardo Galeano receberam os troféus, enquanto Audálio Dantas recebeu a homenagem em nome de Mauro Santayana, ausente por problemas de saúde. Audálio aproveitou para ler o artigo “Vladimir Herzog e a sanha do mal no combate à liberdade”, publicado por Santayana em seu blog no dia anterior ao da premiação. Veja aqui o artigo na íntegra.
Mino Carta esteve na cerimônia, recebeu a homenagem e relembrou seus esforços para tentar ajudar Vladimir Herzog no dia em que ele decidiu se apresentar voluntariamente à sede do DOI-CODI, mas acabou sendo torturado e assassinado pelas forças da repressão.
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