A pergunta feita foi: em que circunstâncias você assinou o documento? Por intermédio de quem o recebeu, onde trabalhava, que idade tinha etc.
Albino Castro
Estava em O Globo, ainda no Rio de Janeiro, como redator, acabara de fazer 26 anos… Tomei conhecimento, no domingo pela manhã, com um telefonema do Ivan Lessa, do serviço brasileiro em Londres da BBC. Ele era amigo e colega da minha então mulher, a Iza Freaza, de O Pasquim e Opinião, e ligou para ela para repercutir o crime cometido no DOI-CODI de SP. No dia seguinte, fomos ao sindicato no Rio e nos mobilizamos. O documento veio de SP para os companheiros do Rio… Éramos então, no Rio, Maurício Azêdo, David Fischel Chargel, Domingos Meirelles, Genilson César (editor do Opinião), Aristélio Andrade e o irmão Aristóteles Andrade, Marcos de Castro, Aluizio Maranhão, João Máximo, Iza e eu… O movimento cresceu em poucas horas e, nos dias seguintes, muitos companheiros se indignaram nas redações cariocas. Foi minha a sugestão de puxar o Alberto Dines para liderar o movimento.
17/1/2021.