Série de atividades gratuitas acontece durante a 6ª Semana de Acessibilidade de 25 a 30 de novembro
A exposição Resistir é Preciso faz parte da série de atividades da 6ª Semana da Acessibilidade. A visita mediada acontece no dia 27, às 14h30, e conta com atendimento de educadores capacitados a atender pessoas com deficiência.
Como parte do Programa Educativo do CCBB, a Semana da Acessibilidade acontece entre os dias 25 e 30 de novembro e possibilita o público de participar de atividades desenvolvidas com o intuito de refletir sobre os diferentes contextos e significados dos termos “acesso” e “educação”.
Após temporada em Brasília, onde foi vista por 33 mil pessoas, a mostra “Resistir é preciso” agora está no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo e ao Centro Cultural dos Correios, onde permanece até 6 de janeiro de 2014. A iniciativa mantém viva na memória dos brasileiros a luta da imprensa durante a ditadura, período em que centenas de profissionais da área foram presos, torturados e assassinados. A exposição é organizada em parceria com o Ministério da Cultura, Correios e com o Banco do Brasil e conta com obras de arte, cartazes, fotografias e depoimentos em vídeo.
No Centro Cultural Banco do Brasil, uma “linha do tempo” conta a história da resistência à ditadura militar que foi instaurada no Brasil em 1964 e que permaneceu no poder até a eleição indireta de Tancredo Neves, em 1985. Nesse período, muitos intelectuais, artistas, sindicatos, estudantes e diversos setores da sociedade civil lutaram pelo reestabelecimento da democracia no Brasil.
A mostra reúne um expressivo conjunto de obras de arte e documentos históricos que apresentam a militância dos artistas denunciando abusos e crimes da ditadura. Entre os painéis da exposição está a coleção de Alípio Freire, jornalista e ex-preso político, que reuniu obras de artistas plásticos como Sérgio Freire, Flávio Império, Sérgio Ferro e Takaoka produzidas no período de cárcere, no presídio Tiradentes, em São Paulo. Traz também ilustrações de Rubem Grilo, ilustrador de publicações como Movimento, Opinião e Pasquim da década de 1970.
A exposição extrapola os limites do CCBB e alcança também o Centro Cultural dos Correios, que recebe parte do acervo dos fotojornalistas Luis Humberto e Orlando Brito, que têm uma participação importante nos registros da história do País. Ambos registraram fotos na ditadura que expressavam o cotidiano político brasileiro. Muitas dessas imagens foram censuradas e só mais tarde se tornaram conhecidas.
“Resistir é preciso” possibilita aos jovens conhecer melhor as lutas pela reconstrução democrática, ocorridas nas décadas de 1960 a 1980, incluindo as diversas correntes de oposição ao regime militar. A atuação da imprensa na clandestinidade, no exílio e nas bancas faz parte de um cenário pouco conhecido pelo público atual, apesar de ter cumprido um papel relevante durante todo o processo de redemocratização do País.
Após São Paulo, a mostra passará também pelo CCBB Rio de Janeiro, de 12 de fevereiro a 07 de abril, e CCBB Belo Horizonte, de 05 de agosto a 05 de outubro.
FICHA TÉCNICA
Concepção Geral: Instituto Vladimir Herzog
Curadoria Geral: Fabio Magalhães
Curadoria adjunta: Vladimir Sacchetta e José Luiz Del Roio
Coordenação de Produção: Ana Helena Curti – arte3 |assessoria produção e marketing cultural ltda
Projeto Expográfico: Pedro Mendes da Rocha – arte3
Projeto Multimídia: Estúdio Preto e Branco
Comunicação Visual: Chico Homem de Melo
SERVIÇO
CCBB São Paulo
Aberto de quarta a segunda das 9h às 21h
R. Álvares Penteado, 112 – Sé, São Paulo – SP, 01012-000
(11) 3113-3651 e 3113.3652
bb.com.br/cultura
Centro Cultural Correios
Aberto de terça a domingo das 11h às 17h
Avenida São João, s/nº, Vale do Anhangabaú, São Paulo-SP, 01031-970
Telefone: (11) 3227-9461
e-mail: [email protected]
http://www.correios.com.br/
Sobre o Instituto Vladimir Herzog
Criado em 25 de Junho de 2009, o Instituto Vladimir Herzog tem a missão de contribuir para a reflexão e produção de informações que garantam o direito à vida e o direito à justiça. Sua fundação se inspirou na trajetória de vida do jornalista Vladimir Herzog, assassinado em 1975 pela ditadura, bem como nos principais valores ligados a essa trajetória: democracia, liberdade e justiça social.
Tendo como bandeira a frase de Herzog “Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados”, o Instituto é uma OSCIP, organização sem fins lucrativos, com neutralidade político-partidária.