Episódios de violência verbal e simbólica têm sido recorrentes no Congresso Nacional
O Instituto Vladimir Herzog vem a público repudiar a fala violenta do deputado federal Sargento Fahur (PSD-PR), proferida contra o deputado federal Pastor Henrique Vieira (PSOL), na última terça-feira, 15 de julho.
É inaceitável que tal insinuação de violência física e simbólica aconteça em pleno o Congresso Nacional, casa da promoção e salvaguarda da democracia.
Vale destacar que este não é o primeiro caso de violência verbal e simbólica que repudiamos e denunciamos contra parlamentares do governo. O congresso tem sido sucessivamente palco de agressões, em sua maioria por parte daqueles que compactuam e compactuaram com discursos e tentativas golpistas que não tinham nenhum outro objetivo senão o de aniquilar adversários.
Tais ações são resultados diretos de uma naturalização da impunidade e da violência que atravessam o nosso país há séculos e que, enquanto não for enfrentada no rigor da lei, continuará existindo em suas mais diversas e absurdas formas.
Insistir que a violência siga acontecendo – em qualquer espaço democrático – autoriza e legitima que não só representantes do Estado, mas a sociedade, façam elogios a criminosos e torturadores como já testemunhamos no passado recente.
Nos solidarizamos com o Deputado Pastor Henrique Vieira e conclamamos ao Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e ao presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União), que ajam imediatamente para conter a escalada de violência em nosso parlamento para, então, retomarmos o diálogo político e respeitoso que este país merece e precisa.