A pergunta feita foi: em que circunstâncias você assinou o documento? Por intermédio de quem o recebeu, onde trabalhava, que idade tinha etc.
Genilson Cezar de Souza
O que me lembro:
Na época, janeiro de 1976, eu coordenava a sucursal do jornal Movimento, no Rio de Janeiro, e, juntamente com outros jornalistas da redação, profundamente abalados com o assassinato do nosso companheiro Vladimir Herzog (que havia colaborado no jornal Opinião, onde também trabalhei), nos mobilizamos em torno do manifesto conduzido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo. Nossa indignação era muito grande, pois com o jornal sob rigorosa censura do governo militar nada podíamos divulgar a respeito do assassinato do Herzog nas dependências do DOI-Codi/II Exército, no dia 25 de outubro, nem fazer qualquer referência à missa celebrada na Catedral da Sé, em São Paulo, no dia 31 de outubro, ou ao manifesto encaminhado à justiça militar. Esperamos que a justiça ainda venha a ser feita!
28/8/2020.