Neste dia 31 de março, que marca 54 anos do golpe militar em nosso país, o Instituto Vladimir Herzog lança uma entrevista exclusiva com o cineasta chileno Patricio Guzmán. É um traço singular de sua cinematografia a paixão por tornar a memória viva, pulsante e presente. Guzmán nos ensina que o trabalho com a Memória não é apenas recordar, lembrar, não esquecer, ou buscar a Verdade sobre o que aconteceu; mas é também ser afetado emocional e sensivelmente por aquilo que do passado continua vivo no presente, seja aquilo que segue nos violentando ou aquilo que nos fortalece.
No dia de hoje – e em todos os outros dias – é fundamental recuperarmos a Memória das atrocidades que ocorreram nesse país para fazermos jus e lutarmos contra os retrocessos que estão se intensificando e ampliando a cada dia. Só um país sem memória é capaz de aceitar que alguém se regozije com mazelas que nos flagelaram e seguem nos flagelando.