Obtida através da Lei de Acesso à Informação (LAI) pela ONG Repórter Brasil, coordenada pelo jornalista Leonardo Sakamoto, a ”Lista de Transparência sobre Trabalho Escravo Contemporâneo” traz dados de empregadores autuados em decorrência de caracterização de trabalho análogo ao de escravo.
Apesar da imensa resistência do governo, a lista do trabalho escravo no Brasil foi finalmente publicada nesta terça-feira, atualizando o registro das empresas que submeterem seus trabalhadores a condições análogas à escravidão. O documento foi conseguido por meio da Lei de Acesso à Informação, que força as entidades públicas a cederem documentos sob requisição formal. O pedido foi feito pela ONG Repórter Brasil, coordenada pelo jornalista Leonardo Sakamoto.
Inicialmente, a lista foi cedida apenas aos repórteres do portal Repórter Brasil, que é referência na cobertura do trabalho escravo contemporâneo. Posteriormente, o documento foi disponibilizado no site do Ministério Público para consulta. A publicação encerra uma novela em torno da lista. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, tentou barrar pela Justiça a publicidade dos nomes, e chegou a recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho para que a ocultação fosse permitida, depois de perder na primeira e na segunda instância. Nos dois momentos, a Justiça do Trabalho determinou a divulgação da lista.
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