O projeto “Os Anos de Chumbo no Brasil e o seu Legado Educacional”, minicurso voltado à formação de educadores, organizado pela diretora de ensino Sueli Funari com apoio do Instituto Vladimir Herzog e do Memorial da Anistia, foi premiado com o 1º lugar na categoria Educador do edital de Educação em Direito à Memória e à Verdade nas Escolas.
O prêmio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) foi entregue em setembro, na Galeria Olido, a iniciativas realizadas na Rede Municipal de Ensino que promoveram o conhecimento, o debate e a reflexão sobre o período da ditadura no Brasil e suas implicações nos dias atuais.
O público-alvo do minicurso foram os professores de Ensino Fundamental II e Médio em exercício efetivo do cargo, que se inscreveram em uma turma única, formando um total de 55 educadores que participaram dos três dias de encontro no mês de maio.
“Embora, na última década, tenha ocorrido um boom em torno da produção cinematográfica e literária nacionais, o mesmo não tem se refletido na escola. Portanto, revisitar o nosso recente passado, marcado pelas fendas da ditadura, é uma forma de evitar que ele não se repita para as futuras gerações.”, explica Sueli Funari.
O minicurso foi estruturado em formato de cine-debate. Foram exibidos dois documentários, seguidos de palestras, que comentaram a questão das fontes históricas sobre a ditadura civil-militar no Brasil. No primeiro encontro, foi exibido o documentário “1964: um golpe contra o Brasil”, dirigido por Alipio Freire, que também foi o palestrante neste dia. No segundo encontro, o filme apresentado foi “O dia que durou 21 anos”, de Camilo Tavares. Ivo Herzog, diretor executivo do IVH, foi o debatedor. No último dia do curso, aconteceram duas palestras, seguidas de diálogo com os professores, com Ricardo Zarattini e representantes da SMDHC.
