O mês de janeiro foi marcado por protestos populares contra o aumento da tarifa do transporte público na cidade de São Paulo. E, assim como já havia ocorrido em 2013, cidadãos foram novamente agredidos pela Polícia Militar durante essas manifestações.
Entre esses cidadãos, repórteres e fotógrafos foram atacados pela PM, tendo cerceado seu direito de trabalhar, configurando grave violação ao direito à informação, imprescindível a qualquer sociedade, mas somente possível por meio de um jornalismo livre.
Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), foram 21 os profissionais de imprensa vítimas de ataques da PM, sendo 17 agredidos e outros quatro constrangidos durante a cobertura. Veja aqui a lista completa.
Imagens registradas por câmeras de celulares e equipes de televisão mostram que, mesmo identificados, repórteres foram alvos de golpes de cassetete, empurrões, bombas e balas de borracha.
Como afirma a nota da Abraji, endossada pelo Instituto Vladimir Herzog, o papel das forças de segurança é proteger cidadãos e garantir o direito de a imprensa trabalhar. Agressões de policiais contra jornalistas durante o exercício de suas atividades são características de contextos autoritários e inaceitáveis em regime democrático.