02/12/2015

Sérgio Gomes, da Oboré, recebe homenagem na Câmara Municipal

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“A minha geração, inclusive na luta contra a ditadura, teve esse desafio de tentar vencer e fazer essa cidade um pouco melhor”, declarou o homenageado.

Por Roberto Vieira, da Câmara Municipal de São Paulo

Dezenas de profissionais da comunicação estiveram presentes ao plenário 1º de Maio da Câmara Municipal nesta sexta-feira para prestigiarem a sessão solene de entrega da Medalha Anchieta e Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo ao jornalista Sérgio Gomes, por iniciativa do vereador Eliseu Gabriel (PSB).

‘Serjão’, como se tornou conhecido, formou-se na USP (onde também lecionou Jornalismo Sindical, Comunitário e Popular, de 1986 a 1992) e militou no PCB (Partido Comunista Brasileiro) e no movimento estudantil. O jornalista chegou a ser preso pelo regime militar em 1975, três anos antes de participar da fundação da ‘Oboré Editorial’, onde é diretor titular há 21 anos. Atualmente, integra o Conselho Deliberativo do Instituto Vladimir Herzog e coordena o Projeto Repórter do Futuro, concebido por ele na Oboré.

O proponente da sessão revelou que estudou nos tempos de ginásio com o homenageado e desde então mantém uma grande amizade, que já dura quase cinquenta anos. Eliseu ratificou que, na condição de vereador, é uma grande satisfação homenagear alguém que prestou e presta tantos serviços à cidade.

“O ‘Serjão’, o Sérgio Gomes, é uma pessoa que tem uma história muita bonita. Ele sempre teve a solidariedade e deu apoio aos jovens, essa visão de tentar ajudar as pessoas a se tornarem melhores, ele sempre foi assim. Muitas vezes deixou de lado os seus interesses e até necessidades mais imediatas dele para se dedicar a esse tipo de coisa”, disse.

Natalini (PV) ressaltou a importância de Sérgio Gomes não apenas como um fomentador da comunicação e do jornalismo livre, mas também na política. “Nós éramos militantes políticos na época da ditadura e foi assim que nos conhecemos. Ele é uma pessoa movida a ideal e todas as pessoas movidas a ideal merecem respeito. Ele mantém o ideal de justiça social, defesa dos mais necessitados e da democracia, inclusive, nos ajudou muito aqui na Comissão da Verdade (que apurou os fatos ocorridos no período da ditadura)”, pontuou.

“Ele é uma pessoa rara de se encontrar porque ele é absolutamente convicto do que faz e do que ele tem para fazer, é apaixonado pela ideia do que ele está fazendo no mundo”, afirmou o cartunista Laerte Coutinho.

“Eu sou paulistano, nunca morei em outra cidade que não essa. A vida me deu a sorte de conhecer uma parte das melhores pessoas dessa cidade que tinha um propósito de fazer com que ela fosse democrática, justa, uma bela cidade. A minha geração, inclusive na luta contra a ditadura, teve esse desafio de tentar vencer e fazer essa cidade um pouco melhor”, declarou o homenageado.

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