O dia 8 de março de 2017 foi marcado por manifestações de mulheres nas ruas ao redor do mundo. No Brasil, elas aproveitaram o Dia Internacional da Mulher para marchar em diversas cidades pela igualdade de gênero, pelo fim da violência contra a mulher, pela legalização do aborto e contra a reforma da Previdência proposta pelo atual governo federal, entre outras pautas. Ao longo da história do Brasil, as mulheres sempre estiveram presentes nos movimentos de contestação e nas mobilizações sociais. No período da ditadura militar, elas resistiram de muitas formas: participaram do movimento estudantil, de partidos, sindicatos e organizações clandestinas, desafiando o papel de passividade e domesticidade que a sociedade da época lhes atribuía e enfrentando o machismo espalhado em toda a sociedade. Elas também foram as responsáveis por iniciar o movimento pela anistia.
O portal Memórias da Ditadura, maior acervo online sobre a história do período, tem uma seção inteira dedicada à resistência das mulheres, sua participação ativa e sua coragem na atuação política. Muitas foram duramente torturadas, presas e outras tantas assassinadas. As militantes dessa época eram consideradas duplamente transgressoras. Primeiro, por desafiarem a ordem estabelecida, na tentativa de derrubar o regime militar; em segundo lugar, por contrariarem o papel de mães, esposas e donas de casa que a ditadura e a sociedade patriarcal reservavam para elas. Rompiam, assim, com estereótipos do que é ser mulher, ocupando o espaço público, a política, e até a luta armada.
Quer saber mais sobre a atuação das mulheres na resistência contra a ditadura militar? Leia no portal Memórias da Ditadura: http://memoriasdaditadura.org.br/mulheres/
