25/08/2015

Câmara aprova projeto que torna Dom Hélder Patrono dos Direitos Humanos

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Dom Hélder foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 1972

Com informações da Agência Câmara de Notícias

A Comissão de Constituição e Justiça aprovou projeto que declara Dom Hélder Câmara “Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos” (PL 7230/14). A proposta, do deputado Arnaldo Jordy, do PPS Paraense, segue agora para análise do Senado.

Dom Hélder Câmara começou a vida religiosa como padre aos 22 anos, em Fortaleza, Ceará. Engajado na questão social brasileira, ele foi ordenado bispo do Rio de Janeiro aos 43 anos e pouco tempo depois articulou seu plano de criar a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB. Dom Hélder voltou ao Nordeste como arcebispo de Olinda e Recife em 1964, início da ditadura no País. Nesse período, reforçou sua luta em favor dos perseguidos políticos e sofreu retaliações do regime militar.

O relator, deputado Luiz Couto, do PT Paraibano, é favorável à medida. Segundo ele, a vida religiosa de dom Hélder Câmara foi marcada por valores pacifistas que hoje precisam ser resgatados.

“O testemunho dele em favor dos oprimidos, dos excluídos e dos marginalizados, ou seja, dando suporte no tempo da ditadura àqueles que eram perseguidos, ameaçados, mortos e de seus familiares. Então mostra um homem que na realidade mostra que é um pastor mesmo. Um pastor que cuida de suas ovelhas, que vai ao encontro delas e que dialoga.”

Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB, elogiou o projeto que homenageia o religioso brasileiro.

“Para a Igreja no Brasil, dom Helder Câmara é um ícone. Um ícone do serviço aos pobres. Um ícone de serviço à sociedade brasileira. Nós damos graças a Deus que Dom Hélder Câmara já declarado servo de Deus, portanto se iniciou o processo de beatificação, e nós esperamos que no futuro, Dom Hélder Câmara também esteja em nossos altares.”

Em abril deste ano, o Vaticano autorizou o processo de beatificação de Dom Hélder Câmara. Uma proposta (REQ) para homenageá-lo deve ser apresentada no próximo semestre pelo deputado Luiz Couto. A ideia é falar das dimensões da vida e da história do religioso por meio de seminário com a presença de bispos, teólogos e especialistas.

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