03/02/2011

Bernardo Kucinski – Resistir é Preciso

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DETALHES DE UMA HISTÓRIA E MUITA POLÊMICA

Foi um depoimento e tanto.

Durante duas horas e meia, na manhã de 14 de janeiro de 2011, em uma sala de aula na própria ECA – Escola de Comunicação e Artes da USP – o jornalista e professor Bernardo Kucinski contou histórias, se emocionou, fez autocrítica e criou muita polêmica em seu depoimento.

Kucinski é autor do livro Jornalistas e Revolucionários – nos tempos da imprensa alternativa e, no depoimento, detalhou, por exemplo, a trajetória de um grupo de estudantes, principalmente de Física, que se reuniu para lançar, em 1967, na Faculdade de Filosofia da USP, o jornal Amanhã, feito na Universidade, financiado pelo cursinho do grêmio estudantil e dirigido a operários.
Alguns anos depois, este mesmo grupo, liderado por Raimundo Pereira, iria para Editora Abril, participaria da primeira turma da revista Veja, para depois, no início da década de 70, fundar o alternativo Opinião, escrevendo uma importante história de resistência contra a ditadura militar, a partir de jornais alternativos.

Em busca do jornal sem-patrão, como Kucinski define, este mesmo grupo, 10 anos depois do Amanhã, na Filosofia, deixaria o Opinião e lideraria a criação do Movimento, outra página marcante da imprensa alternativa.

O próprio Bernardo acabaria por “liderar” um racha no Movimento e se tornava editor-chefe do Em Tempo:. Editor-chefe? Em termos, porque 3 meses depois, ele deixava o jornal desencantado com a possibilidade de fazer jornalismo em publicações que abrigavam fortes tendências políticas/partidárias.

Ricardo Carvalho

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